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16 de Setembro de 2024
Foto: Freepik
Sinônimo de prazer, o sexo é uma das formas mais íntimas e satisfatórias de conexão humana. Contudo, o que parece simples à primeira vista envolve uma série de complexidades que exigem atenção e cuidado para que se tenha uma vida sexual, de fato, agradável.
No Dia Mundial da Saúde Sexual, celebrado em 4 de setembro, é essencial refletir sobre a importância do tema para o bem-estar. Afinal, cuidados diários podem fazer toda a diferença nessa área da vida. Então, por que não investir neles?
"Para manter uma vida sexual saudável, é crucial considerar tanto os aspectos físicos como os emocionais. O sexo não é meramente uma atividade física, mas também envolve uma intensa troca de emoções. Portanto, ao focarmos em equilibrar e fortalecer esses dois pilares em nossas vidas, podemos cultivar uma sexualidade plena", afirma o Dr. Jônatas Lima de Bem, especialista em sexualidade e supervisor médico do CEJAM.
Inicialmente, o sexo é uma atividade que requer energia, uso de músculos e aceleração do metabolismo, portanto, o corpo precisa estar preparado para essa demanda. E o exercício físico pode ser um ótimo auxiliador.
“A prática regular de exercícios físicos contribui para a produção de hormônios, fortalecimento muscular e redução de gordura corporal, elementos indispensáveis para um bom desempenho sexual no âmbito físico”, orienta o profissional.
No caso de corpos com anatomia feminina, a atividade física pode resultar, ainda, em maior desejo sexual, orgasmos mais intensos e melhor lubrificação durante o ato. Já em corpos com anatomia masculina, os benefícios incluem aumento da libido e melhoria da função erétil.
O cuidado com o peso também deve ser levado em consideração, já que, em alguns casos, a obesidade pode levar a dificuldades cardiovasculares e alterações no metabolismo de hormônios sexuais, afetando diretamente a performance.
“Outros fatores, como hipertensão, colesterol alto, alcoolismo e tabagismo, merecem atenção especial pois impactam negativamente em todas as pessoas. No entanto, essas condições podem causar danos vasculares que comprometem especialmente a função erétil do pênis”, explica o especialista.
Mas, de nada adianta um físico saudável se o lado emocional for negligenciado. Aliás, saúde mental desempenha um papel igualmente importante na qualidade da vida sexual. Assim, autoestima, percepção corporal e segurança emocional são só alguns dos fatores que também podem determinar qualidade no sexo.
“A mente exerce um poder incrível sobre o corpo. Se uma pessoa está emocionalmente perturbada, estressada ou ansiosa, isso pode impactar diretamente na sua vida sexual, mesmo ela achando que não", observa o Dr. Jônatas.
O médico aponta que traumas emocionais, depressão e ansiedade podem interferir na libido e no desempenho sexual, se não forem tratados adequadamente. “A psicoterapia e a prática de atividades, como yoga e meditação, ajudam a cuidar da saúde mental, o que, por sua vez, melhora a sexualidade”, afirma.
E os cuidados não param por aí, pois aliar essas práticas a uma boa higiene do sono potencializa ainda mais os resultados. Estudo publicado em 2023 no Journal of Psychosomatic Research, pela Universidade de Rochester (EUA), revela que pessoas que sofrem de insônia têm maior risco de desenvolver problemas sexuais, sendo as mulheres as mais afetadas.
"O sono é essencial para o equilíbrio hormonal, que influencia diretamente a libido. Uma noite mal dormida pode resultar em fadiga e estresse, afetando negativamente o desejo sexual", ressalta o especialista.
Acompanhamento médico precisa fazer parte da rotina
Outros aspectos fundamentais para o autocuidado incluem o uso de preservativos internos ou externos e o acompanhamento médico regular. A realização de exames periódicos é crucial para a detecção precoce de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e outras condições que podem impactar a saúde sexual.
Pensando nisso, o Dr. Jônatas orienta sobre os principais exames e cuidados médicos que devem ser considerados:
Testagem regular para o HIV: Essencial para monitorar a saúde sexual e garantir um diagnóstico precoce, permitindo intervenções mais eficazes e um melhor controle da condição;
Exames periódicos para clamídia, gonorreia e sífilis: A detecção precoce dessas infecções é fundamental para um tratamento rápido e eficaz, prevenindo complicações e a transmissão para outras pessoas;
Imunização para HPV e hepatites A e B: A vacinação é uma medida preventiva vital, especialmente contra o HPV, um vírus sexualmente transmissível associado a vários tipos de câncer, incluindo o câncer de colo de útero;
Exame Papanicolau para pessoas com útero: Deve ser realizado a partir dos 25 anos para a detecção precoce de câncer de colo de útero;
Mamografia para pessoas com mamas: A partir dos 50 anos, ou conforme orientação médica, a mamografia é indispensável para a detecção precoce do câncer de mama;
Rastreamento de câncer de próstata para pessoas com pênis: Recomenda-se iniciar o rastreamento a partir dos 40 anos, permitindo a detecção precoce.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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