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Bem Viver

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22 de Junho de 2015

Humanização é tema de palestra para enfermeiros na zona Sul de São Paulo

Os enfermeiros responsáveis pelas salas de vacinas das Unidades Básicas de Saúde da região Sul participaram, na última quarta-feira (17/6), de uma palestra promovida pela Suvis Regional Sul na Universidade Santo Amaro (UNISA) intitulada “Comunicação e Relacionamento Interpessoal: bases da Humanização”.

O palestrante escolhido foi o professor doutor João Fernando Marcolan, membro da Escola Paulista de Enfermagem e professor da UNIFESP São Paulo. Ele falou sobre o atendimento ao paciente e a importância da abordagem, da linguagem corporal, verbal e não-verbal, o respeito à individualidade de cada paciente e a humanização na saúde pública.

Para Marcolan tudo o que cerca o atendimento ao paciente é importante para o êxito na integração entre médico e população. “O atendimento deve ser individualizado, ouvindo e orientando cada paciente de acordo com as suas necessidades e seus respectivos problemas. É essa orientação que quero passar para os representantes da saúde pública”, disse.

Pesquisa na Inglaterra

Buscando exemplificar sua tese de que o atendimento bem feito é capaz de não apenas convencer o paciente, mas também fazê-lo sentir-se seguro, o professor citou uma pesquisa realizada na Inglaterra. Nela, dois grupos de pacientes foram se consultar com dois médicos diferentes. No primeiro grupo, o médico atendeu com muita receptividade, afeto e atenção. Porém, indicou remédios que não condiziam com o real problema do paciente. No segundo grupo, outro médico deu uma assistência mecânica, porém, com indicações corretas para os respectivos problemas dos pacientes.

Proteção

“A conclusão dessa pesquisa é tão curiosa quanto surpreendente: a população está carente de um atendimento humanizado. No primeiro grupo, o afeto e o carinho com que os pacientes foram recebidos foi tanta, que mesmo eles sendo alertados de que os remédios indicados não eram os corretos, preferiram confiar na palavra do médico, simplesmente por causa da convicção com que o mesmo passou as orientações e a atenção que deu. No segundo grupo todos solicitaram a opinião de um outro especialista, pois não confiaram naquilo que lhes foi passado. Isso comprova como é importante passar confiança no atendimento através da humanização do mesmo e buscar entender que cada um tem suas necessidades. É um desejo do paciente se sentir protegido pelo médico”, completou o palestrante.

Para a enfermeira Diana da Silva Nogueira, refletir sobre a importância da comunicação e o relacionamento interpessoal no atendimento é de extrema importância para enxergar a diferença que uma abordagem correta junto ao paciente pode fazer. “A linguagem corporal abordada pelo professor é algo que, talvez, as pessoas não se atentem tanto, mas que, no final das contas, pode ser o diferencial para passar confiança no atendimento”, disse.

Fonte: Felipe Aires - Comunicação da CRSSUL

São Paulo

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