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01 de Junho de 2022
Foto: Freepik
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 92,6 mil mortes maternas, uma média de 107 casos a cada 100 mil nascimentos em 2021, número elevado levando em consideração o que estimam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).
Preocupados com a elevação destes números e atentos à meta fixada pelo Brasil na Organização Mundial da Saúde (OMS) de 30 óbitos maternos para cada 100 mil nascidos vivos em 2030, especialistas reforçam a importância de fortalecer a conscientização sobre a realização do pré-natal, além de ampliar e aprimorar ações de assistência às gestantes.
A OMS contabiliza que, diariamente, 830 mulheres morrem no mundo por causas evitáveis relacionadas à gravidez e ao parto e, anualmente, 2,5 milhões de bebês morrem logo após nascer. As principais causas da mortalidade materna são relacionadas às complicações que ocorrem na gravidez, como hipertensão, infecção ou hemorragia pós-parto.
Conforme Dr. Pedro Azzi, médico obstetra do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, gerenciado pelo CEJAM, no Rio de Janeiro, colocando a saúde da gestante no centro do cuidado, diversas ações estão sendo desenvolvidas com o intuito de combater este cenário.
“Atualmente, estamos atuando em duas frentes principais que visam, prioritariamente, a diminuição da morbimortalidade materna em nossa unidade. São elas: otimização da indicação e início precoce da terapia com sulfato de magnésio, nas pacientes diagnosticadas com crise hipertensiva, e implementação do protocolo de hemorragia pós-parto”, destaca o especialista.
Ele explica que as ações em relação ao uso do sulfato de magnésio visam a definição e adequação do local propício, no qual a medicação será administrada e haverá o treinamento vertical da equipe. “Já no caso das hemorragias pós-parto, uma das principais causas de morte de parturientes, nossa atuação prevê a manutenção de uma conduta linear pré-estabelecida por protocolos de padrão internacional”, frisa.
O obstetra explica que tais ações, que estão em fase de treinamento e adesão aos protocolos por parte das equipes do Hospital da Mulher, preveem também a redução da mortalidade neonatal precoce e a queda no número das segundas gestações na adolescência por meio de ações preventivas.
Essas medidas são referência no Programa Parto Seguro – uma parceria entre o CEJAM e a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo , responsável por mais de 200 mil nascimentos na cidade e reconhecido por sua assistência humanizada e efetiva e pela ampliação do número de partos normais.
De acordo com o diretor do CEGISS - Centro de Gestão Integrada de Serviços de Saúde do CEJAM, Dr. Renato Tardelli, o Parto Seguro viabiliza a transmissão de conhecimento, com planejamento, organização e valorização de todos os envolvidos, para uma assistência qualificada e cumprimento às diretrizes para atenção ao parto e nascimento.
“Nosso principal objetivo é ampliar a assistência às gestantes em todas as nossas unidades. Por meio dessa parceria com a prefeitura do Rio de Janeiro, pretendemos levar esclarecimento à paciente sobre seus direitos e serviços de humanização, preparando-a para o parto e acompanhamento de risco, que é realizado desde o momento da internação até a alta médica”, finaliza Dr. Tardelli.
Fonte: Imprensa, Criação & Marketing
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