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21 de Dezembro de 2015

Grande mobilização de combate ao Aedes aegypti alcança 13,9 mil imóveis em Mogi das Cruzes

Quase 14 mil imóveis foram visitados nesta sexta-feira (18/12) durante o Dia D da Cidadania - Mogi no Combate ao Aedes aegypti, realizado pela Prefeitura de Mogi das Cruzes para conscientizar a população sobre as medidas de combate ao mosquito transmissor da Dengue, Chicungunya e Zika Vírus. Em números exatos: 13.920 residências. O trabalho envolveu 579 pessoas (entre funcionários da Secretaria Municipal de Saúde e voluntários de diversos setores da Administração Muncipal e sociedade civil).

Divididos em equipes coordenadas pelas unidades de saúde, os agentes e voluntários percorreram 35 bairros do município e bateram de porta em porta para orientar os moradores sobre as medidas de combate ao mosquito, com apoio de material informativo. No total, foram 17,6 mil panfletos e 1,3 mil cartazes. O balanço foi apresentado no final da tarde pelo prefeito Marco Bertaiolli e o secretário municipal de Saúde, Marcello Delascio Cusatis.

Nosso objetivo foi a conscientização. Com uma cidade conscientizada, cada morador vai cuidar melhor do seu quintal, evitando assim a proliferação do Aedes aegypti, disse o prefeito. Atingimos mais de 13 mil imóveis. Isso significa cerca de 10% das residências de Mogi das Cruzes. É muita coisa, avaliou.

Estamos nos antecipando. O verão não começou ainda, mas 2016 pode ser ainda pior do que 2015 e, para complicar, agora ainda há o Zika Vírus. No trabalho de conscientização, utilizamos a melhor arma no combate ao mosquito, que é a prevenção e a eliminação de criadouros. Para isso, é necessária a colaboração dos moradores e, por isso, colocamos equipes em toda a cidade, afirmou o secretário.

Na Vila Suíssa, Distrito de Cezar de Souza, a dona de casa Benedita Aparecida Jacque, de 55 anos, ouviu atentamento as orientações das agentes de saúde. Acho importante este trabalho. Muita gente ainda não sabe como proceder e não cuida da maneira correta. Eu tenho feito a minha parte. Até quando eu lavo o quintal não deixo acumular poças de água. Já a costureira Ivone Aparecida Kleine, de 59, demonstrou preocupação com a saúde de sua família. Ninguém está livre dos riscos. Precisamos estar atentos para o que pode acontecer com nossos filhos e netos, alerta a moradora.

A preocupação com o Aedes aegypti e a necessidade de combatê-lo se intensificaram neste ano devido ao Zika Vírus que tem provocado casos de microcefalia em bebês recém-nascidos, causados pela infecção das mães durante a gestação.

Entre todas as ações que estão sendo adotadas pelo município no combate ao mosquito, um dos destaques é a assinatura do decreto que institui a criação de uma sala de situação municipal, para fazer todo o acompanhamento da proliferação do Aedes aegypti na cidade, em especial na época de verão e calor.

Outra medida importante é a aprovação de uma lei que autoriza agentes da Prefeitura a entrar em imóveis particulares fechados para fazer o trabalho de erradicação de potenciais criadouros, caso o proprietário não colabore. O governo federal está criando uma regulamentação, para que isso possa ser feito em todo o país, dado o alto número de casos registrados em residências com essas características.

Segundo o secretário Marcello Cusatis, em Mogi das Cruzes, 83% dos casos de larvas encontradas se deram em imóveis privados fechados e/ou abandonados.

Repelentes

Mogi das Cruzes se antecipou ao Ministério da Sáude e investiu cerca de R$ 200 mil na compra de 10 mil unidades de repelentes que serão distribuídas gratuitamente às gestantes que estão fazendo pré-natal pela rede pública, por meio do Sistema Integrado de Saúde (SIS), atendidas pelo programa Mãe Mogiana. O governo federal anunciou a compra de repelentes, porém eles só devem chegar aos municípios no final de fevereiro. Não podemos aguardar tanto tempo, pois até lá já terá passado boa parte do período mais crítico e de maior risco de proliferação do mosquito. Decidimos, portanto, sair à  frente, enfatizou o prefeito.

A Prefeitura de Mogi das Cruzes também está fazendo um reforço no atendimento a dúvidas e reclamações de gestantes sobre Dengue, Chicungunya e Zika Vírus, com o Alô Mãe Mogiana, pelo telefone 0800 770 2555. As pessoas também podem buscar informações junto ao 160 da Ouvidoria da Saúde e o 156, da Ouvidoria Geral do município.

Atualmente, há 2.056 gestantes em fase de pré-Natal pelo programa Mãe Mogiana, além de muitas outras passando pelo mesmo processo na rede privada. Nascem, por ano, cerca de 6 mil bebês em Mogi das Cruzes, contando com as redes pública e privada. A média mensal é de 336 bebês que nascem na rede pública e outros 164 que nascem nas maternidades privadas.

O surto de microcefalia no País levou o Ministério da Saúde a decretar emergência sanitária nacional. A última vez que essa medida tinha sido tomada foi em 1917, por conta da gripe espanhola.

Fonte: Portal da Prefeitura de Mogi das Cruzes

Assessoria de Imprensa

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