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29 de Dezembro de 2015
Carlos Augusto Tavares é médico formado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos, com título de Especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica e título de Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, com estagio de complementação especializada em Diabetes no Núcleo de Diabetes e Doenças Cardiovasculares do InCor. Mestre em Endocrinologia e Metabologia pela USP. Atua há dois anos na AMA Especialidades Jardim Pirajussara.
Como foi desenvolvido o estudo que relaciona a diabetes com problemas cardiovasculares?Qual o objetivo deste trabalho?
Este trabalho foi realizado com um grupo de 90 pacientes diabéticos do Ambulatório do Hospital das Clínicas e InCor, entre 40 e 65 anos, com pouco tempo de doença e que nunca haviam tido nenhum sintoma de doença cardiovascular. O objetivo foi estudar estes pacientes, por meio de exames, utilizando inclusive a Angiotomografia Coronariana. A maior parte dos pacientes diabéticos, ou 75% deles, morre devido a doenças cardiovasculares como enfartos e AVCs. Daí a importância de estudar a parte cardiovascular destes pacientes.
Atualmente, temos informações sobre diabetes muito disseminadas. Mesmo assim, é uma doença que vem crescendo entre a população em geral. Qual a explicação para isso?
Exatamente. O diabetes é considerado uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde e os dados surpreendem: existe a estimativa de que existem mais de 387 milhões de pessoas acometidas pela doença no mundo, sendo que a metade dos pacientes desconhece este diagnóstico. O diabetes é uma doença silenciosa, subdiagnosticada, pois seus sintomas são muito vagos. Para este crescimento, podemos apontar dois parâmetros: o estilo de vida, mais sedentário e com uma alimentação mais calórica e o envelhecimento da população, já que, esta doença acomete mais os idosos.
O que poderia ser aprimorado na Atenção Básica para combater esses índices?
Além dos pacientes procurarem ativamente um diagnóstico, principalmente depois dos 40 anos, é necessário se conscientizar sobre a importância do tratamento. Por ser uma doença que não apresenta tantos sintomas, o paciente acaba se esquecendo do risco. Estudos apontam que o controle, já no inicio, consegue reduzir doenças microvasculares, retinopatia, nefropatia e neuropatia. Para melhorar a qualidade de vida dos diabéticos ainda falta um pouco de tudo, como a atenção ao paciente diabético, que deve ter um acompanhamento multidisciplinar . Assim como as orientações necessárias para que ele não abandone o tratamento. Quanto mais informação, melhor.
Como pesquisador, o que falta para que a pesquisa científica seja mais praticada entre os colaboradores do SUS?
O importante é ter não só o apoio financeiro, mas ter uma boa equipe multidisciplinar com disponibilidade para desenvolver o projeto e a pesquisa em si. É preciso tempo. Fazer pesquisa é muito complicado, difícil, É preciso criar todo um ambiente próprio para a realização da pesquisa. Além de valorizar este profissional, já que esta parte cientifica ainda é muito desvalorizada no Brasil. Com esse estímulo é possível aumentar o volume de trabalhos.
Fonte: Assessoria de Imprensa CEJAM
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