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09 de Outubro de 2024

Doação de órgãos: um ato de solidariedade

Ainda que no último ano o Ministério da Saúde tenha registrado o melhor resultado em transplantes dos últimos dez anos - entre janeiro e setembro, 6.766 realizados em todo o país, contra 6.055 registrados no mesmo período de 2022, esse é um tema que precisa ser relembrado frequentemente por representar esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço a quem precisa de doação.

Muito se ouve sobre o temor da retirada indevida de um órgão vital como justificativa para a contrariedade à doação. Assim, antes de tudo, é importante esclarecer as duas possibilidades nesse contexto: doadores vivos e já falecidos. Na primeira opção, é possível doar um órgão duplo, como o rim, uma parte do fígado, pâncreas ou pulmão, ou mesmo um tecido, como a medula óssea. Tudo isso desde que o procedimento não represente risco ou problema de saúde ao doador.

No que se refere ao doador falecido, situação que ainda hoje representa grande receio pela adesão à doação, a retirada de órgão ocorre estritamente em casos de paciente com morte encefálica ou parada cardiorrespiratória. Além de rígido, tal diagnóstico é regulamentado pela Resolução Nº 2.173 do Conselho Federal de Medicina – CFM. Nela, há um protocolo que estabelece critérios precisos, padronizados e passíveis de serem realizados em todo o território nacional, incluindo dois exames clínicos com intervalos que variam de acordo com a idade dos doadores, realizados por médicos diferentes e com capacitação específica.

Rins, pâncreas, córneas, válvulas cardíacas, pele, osso, coração, esclera (o branco do olho), pulmão e fígado são os órgãos oriundos de doadores falecidos com possibilidade de serem transplantados.

“A doação de órgãos e tecidos é um gesto nobre e generoso de amor ao próximo. Essa atitude traz esperança e uma nova chance de vida a muitas pessoas. Pode oferecer conforto às famílias enlutadas e manter viva a memória do ente querido, por meio das vidas que ele pode vir a salvar”, reforça Leonardo Melo, enfermeiro do CEJAM e secretário da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT) no Rio de Janeiro.

Desmistificando a doação de órgãos

A seguir, Leonardo responde a algumas perguntas que podem deixar o assunto e seus trâmites mais compreensíveis e, quem sabe, colaborar para o aumento do número de doadores no país.

O que é preciso fazer para se tornar um doador?

Para doar órgãos e tecidos após a morte, é fundamental conversar com a família e deixar claro o desejo de doação. Os parentes devem estar dispostos a autorizar o procedimento e tudo é explicado durante o acolhimento pela CIHDOTT.

Muitas pessoas ainda temem falhas no diagnóstico de morte cerebral e por isso relativizam a doação. Esse medo procede?

Não. Como dito acima, existe uma grande rigidez nesse diagnóstico, que é inclusive regulamentado pela Resolução Nº 2.173 do Conselho Federal de Medicina – CFM.

Que órgãos uma pessoa falecida (com morte cerebral) pode doar?

Rins, pâncreas, córneas, válvulas cardíacas, pele, osso, coração, esclera (o branco do olho), pulmão e fígado.

Quem pode autorizar a doação de um doador falecido?

Atualmente, a legislação brasileira prevê que, após a confirmação da morte de uma pessoa, somente o familiar pode autorizar essa doação. Sem tal autorização, a doação não pode ser realizada.

E no caso de crianças?

A decisão é de responsabilidade dos pais ou tutores legais.

É possível doar mais de um órgão?

Sim, um mesmo doador pode doar vários órgãos, como coração, rins e fígado. Não há um número fixo de órgãos que podem ser doados, mas isso depende da condição do doador e da viabilidade dos órgãos.

Como funciona a fila de transplantes?

A fila é organizada por critérios que incluem urgência, compatibilidade e tempo de espera. A unidade de origem onde encontra-se o falecido potencial doador notifica a central de transplantes, no caso do Rio de Janeiro, o RJ Transplantes, e este passa a ser responsável pelas próximas etapas: avaliação dos órgãos, registro no sistema, lista de espera, distribuição dos órgãos, transplante e pós-transplante.

É possível uma pessoa ainda com vida ser um doador?

Sim, mas apenas com total consentimento. É possível doar um órgão duplo como o rim, uma parte do fígado, parte do pâncreas ou do pulmão, ou um tecido como a medula óssea. No caso de doação de medula óssea, o histórico clínico será avaliado por um médico responsável, bastando procurar o hemocentro mais próximo.

Em relação ao doador vivo, para quem a doação está autorizada legalmente?

Cônjuge ou familiares até 4º grau (pais, irmãos, netos, avós, tios, sobrinhos e primos). Pessoas com grau de parentesco mais distante ou sem relação consanguínea, apenas emocional, dependem de autorização judicial para que o transplante seja realizado. No Brasil, a fim de inibir a comercialização de órgãos, a legislação não permite a doação altruísta.

Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento

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