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28 de Junho de 2019
Neste sábado (29) a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo promove o Dia D contra o sarampo, com uma grande mobilização dos profissionais da área para vacinar os jovens entre 15 e 29 anos, o público alvo da campanha. Todas as pessoas dessa faixa etária devem comparecer aos postos de vacinação levando a caderneta de imunizações, se possível. As 464 Unidades Básicas de Saúde (UBS), incluindo UBS gerenciadas pelo CEJAM, funcionarão das 8h às 17h, além de postos espalhados por todas as regiões da cidade.
O sarampo é altamente contagioso e pode levar à morte. A vacina tríplice viral, que protege contra essa doença, além da caxumba e da rubéola, é a única forma de prevenir a ocorrência desta enfermidade na população e comprovadamente eficaz em cerca de 97% dos casos.
A SMS intensificou as ações de vacinação contra o sarampo em razão da baixa adesão à campanha municipal iniciada em 10 de junho. Até o dia 19, apenas 12.265 mil jovens procuraram os postos de vacinação. A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA) estima que a população de 15 a 29 anos é composta de 2,9 milhões de pessoas, sendo necessário que, no mínimo, que 95% do público alvo esteja vacinado para interromper a transmissão da doença em São Paulo.
O ressurgimento do sarampo nos últimos anos é um fenômeno global. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que, até o final de março de 2019, 170 países haviam notificado 112.163 casos à Organização. No mesmo período do ano passado, foram 28.124 ocorrências da doença em 163 nações. Mundialmente, isso significa um aumento de quase 300%. Na Europa, mais de 41 mil pessoas foram infectadas nos primeiros seis meses de 2019, ultrapassando o total registrado ao longo dos últimos anos desta década. Em abril de 2019, Nova Iorque chegou a entrar em alerta contra o sarampo, após ter registrado 285 casos no período de seis meses .
Embora ainda não exista um estudo que determine o impacto individual dos fatores que contribuíram para o surgimento do vírus em países onde a doença já havia sido eliminada, a circulação de informações falsas ou infundadas nas redes sociais é apontada como uma das causas para a baixa adesão à vacinação.
O vírus do sarampo está circulando no Brasil. Em 2018, os estados do Amazonas e Roraima confirmaram, respectivamente, 9.778 e 355 casos . Além destes, nove Unidades Federadas (UF) confirmaram pessoas acometidas pela enfermidade: 61 no Pará, 45 no Rio Grande do Sul, 19 no Rio de Janeiro, quatro em Pernambuco, quatro em Sergipe, três em São Paulo, três na Bahia, dois em Rondônia e um no Distrito Federal, totalizando 10.274 casos confirmados de sarampo neste ano.
Em 2019, foram 123 casos confirmados no Brasil, até 15 de junho. Na capital paulista, há 32 casos confirmados de sarampo, sendo oito importados e 24 em fase de investigação quanto ao provável local de infecção. Não há registros de morte causada pela doença na cidade.
O município tem mantido a cobertura vacinal alta na primeira dose da vacina tríplice viral, na população de um ano de idade, registrando 95,66% em 2018 e mais de 100% no primeiro quadrimestre de 2019 (o que ocorre quando a vacinação supera a estimativa inicial da população a ser imunizada). Já a cobertura da segunda dose foi de 44,10% em 2018, e ficou em 79,67% no 1° quadrimestre deste ano. Em 2018, o município de São Paulo realizou a campanha de vacinação contra o sarampo voltada para a população entre um e quatro anos de idade e atingiu 95,6% de cobertura vacinal, acima da meta estabelecido pelo Ministério da Saúde.
De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Imunizações (PMI), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo, Maria Lígia Nerger, a definição do público-alvo da campanha foi em conjunto com o órgão estadual e contempla a faixa-etária com menor chance de ter recebido as duas doses da vacina tríplice viral. A coordenadora relata, ainda, que o calendário atual recomenda que pessoas de um a 29 anos de idade tenham recebido duas doses da vacina para efetiva imunização. “O objetivo da Campanha de Vacinação Contra o Sarampo é aumentar a cobertura vacinal nesta faixa etária e interromper a circulação da doençano município”, disse a coordenadora.
O sarampo é uma enfermidade de notificação obrigatória e imediata, em todos os casos suspeitos identificados, a vigilância epidemiológica desencadeia ações de bloqueio vacinal para interromper a transmissão. As ações são realizadas em todos os locais frequentados pela pessoa com suspeita de ter contraído a doença como a vizinhança da residência, locais de trabalho, e estudo, a unidade de saúde e os meios de transporte utilizado em viagens no período de transmissão . Desta forma um único caso suspeito pode desencadear múltiplos bloqueios em diferentes regiões da cidade, eventualmente até em outros municípios ou estados.
A COVISA realizou 259 ações de bloqueio de sarampo na cidade de São Paulo, até 8 de junho e conta com ações, como o Dia D, em 29 de junho, para sensibilizar a população de 15 a 29 anos sobre a necessidade da vacina. “É importante que todo o paulistano saiba da campanha. Mesmo que esteja fora da faixa etária da campanha, as pessoas podem contribuir, incentivando seus familiares e amigos a tomar a vacina”, explica a Coordenadora de Vigilância em Saúde da cidade de São Paulo, Solange Saboia.
Fonte: Secretaria Municipal da Saúde/Prefeitura de São Paulo
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