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12 de Maio de 2015
Aconteceu nesta segunda-feira (11/05), no Museu da Imagem e do Som, o “2º Fórum a Saúde do Brasil”, promovido pela Folha de São Paulo, que contou com a participação de diversas personalidades da área da saúde que debateram temas como: os problemas enfrentados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a sustentabilidade da Saúde no Brasil e a falta de planejamento e médicos no País. O CEJAM esteve representado por sua Assessoria de Imprensa e por Sueli Doreto, coordenadora técnica de saúde da microrregião M Boi Mirim.
O Ministro da Saúde Arthur Chioro realizou a abertura do evento apresentando uma seleção de temas desafiadores. Para ele, a consolidação da Atenção Básica, “responsável pela resolução de 80% dos casos é decisiva” e, só depois de 26 anos, ela chegou a “toda a população brasileira”. “Uma das principais dificuldades é que faltavam profissionais. Com o Programa Mais Médicos acabou a falta de oferta”, destacou o atual ministro.
“Atualmente contamos com mais de 18 mil médicos, ou seja, equipes de Saúde da Família, beneficiando 63 milhões de brasileiros. Desses profissionais, 1.846 médicos são brasileiros, 1.187 brasileiros formados no exterior e mais de 11 mil cubanos”, enumerou o palestrante que também citou os impactos do Mais Médicos, entre eles, a aceitação da população, comprovada por uma pesquisa da UFMG e o aumento de consultas.
Como desafios futuros, destacou o Programa Mais Especialidades, que será iniciado ainda neste ano, o incentivo ao parto normal, além de ações como o enfrentamento ao tabagismo e à obesidade, o incentivo à atividade física, a redução do consumo de sal e, principalmente, a prevenção da violência e acidentes de trânsito. Sobre a dengue, o Ministro foi enfático: “Não teremos uma vacina eficaz e segura em curto prazo”.
“O sistema de saúde no Brasil é sustentável?” foi o tema da mesa que reuniu Antônio Britto, presidente – executivo da Interfarma, Pedro Ramos, diretor da Abramge e Gonzalo Vecina Neto, superintendente do Hospital Sírio Libanês.
Antônio Britto destaca que ótimos resultados foram alcançados, mas que ainda existe muito a ser discutido como a integralidade, inovação e principalmente a fragmentação entre universidade e empresa privada.
Em sua participação, Gonzalo Vecina comentou “O SUS deve mesmo ser gratuito para todos? Os números sobre Atenção Básica apresentados pelo ministro só são possíveis devido às parcerias com as instituições privadas sem fins lucrativos. Isso ninguém fala” e acrescentou ainda a importância do crescimento econômico e da reforma administrativa do Estado para o sistema de saúde.
A segunda mesa do dia debateu “ Faltam médicos ou falta planejamento na Saúde?”, com a presença de Florisval Meinão, presidente da Associação Paulista de Medicina, Mario Dal Poz, professor do instituto de Medicina Social da UERJ e Milton Martins, professor titular de clínica médica da USP.
Dr. Florisval afirmou que o problema do setor da saúde não é a falta de médicos, mas a má distribuição deles no País e da infraestrutura local. De acordo com ele, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que em 49% dos municípios que aderiram ao Programa Mais Médicos houve redução no número de consultas, uma vez que, para economizar verbas, as prefeituras demitiram os médicos para adotar o programa federal.
Dr. Milton enfatizou que a má distribuição de médicos agrava muito o problema e é preciso ter cuidado com a tentação de abrir novos cursos, o que segundo ele, é um equívoco pois só diminui a qualidade e não surte efeito a curto prazo.
A segunda parte do Fórum foi aberta com o tema “Brasil: Pátria Inovadora?” e contou com a presença de Jarbas Barbosa, secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Paulo Hoff, diretor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp e Carlos Goulart, presidente da Abimed.
Os participantes destacaram que o Brasil tem capacidade de realizar muito mais em relação à inovação e que não há preocupação em gerar patentes. Como transformaremos um país que copia para um país que cria e lidera?”, questionou Jarbas.
O último painel do dia apresentou o tema “Aumento dos custos e o futuro da saúde privada”, com a participação de Eudes de Aquino, presidente da Unimed Brasil, Francisco Balestrin, presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e Marta Regina de Oliveira, presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A relação entre a alta dos custos na saúde privada e o aumento de expectativa de vida do brasileiro, foi um dos principais temas abordados. Para Eudes de Aquino, as instituições de saúde, especialmente as públicas, não têm acompanhando esse crescimento. “A saúde privada deve ter uma mudança no modelo assistencial, com gestão planejada”, opinou. Ele citou o SUS como um bom modelo, mas criticou a falta de orçamento e de gestão qualificada. “Não adianta melhorar em alguns setores e manter o descaso com outros. O sistema de saúde só funciona se for cuidado como um todo”, concluiu.
Fonte: Luciana Zambuzi - Assessoria de Imprensa CEJAM
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