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09 de Setembro de 2022
O Setembro Amarelo, pensado pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), integra as ações globais de prevenção aos transtornos psicológicos como ansiedade, depressão e insônia, que podem levar ao ato contra a própria vida.
No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, lembrado em 10 de setembro, a psicóloga Adriana Fabozzi, que atua no Polo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), sob gestão do CEJAM explica de que forma atividades como Yoga, Reiki, Arteterapia e Aromaterapia, entre outras, podem auxiliar na diminuição de diversos sintomas e transtornos.
As PICS são recursos adicionais à medicina convencional, que buscam estimular os mecanismos naturais de recuperação e prevenção aos desequilíbrios da saúde. Entre as bases do tratamento estão questões como escuta acolhedora, vínculo terapêutico e uma visão ampliada do processo saúde-doença, que estimula a autonomia e o autocuidado.
“As práticas estão fundamentadas na integralidade do ser, isto é, a pessoa é compreendida como um todo, bem como sua relação com os outros seres e o meio ambiente. O ponto central dessa forma de cuidado é o indivíduo e, não apenas, a sua condição de saúde. Suas questões são levadas em consideração, porém não são o centro”, explica Adriana Fabozzi.
O Polo PICS CEJAM foi incorporado na zona sul de São Paulo em 2020, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde, e oferece diversos recursos adicionais à medicina pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Entre as práticas mais utilizadas para pessoas com questões psicológicas está o Mindfulness, técnica da Atenção Plena, que, segundo a psicóloga, tem sido amplamente pesquisada por conta dos resultados positivos no cuidado da saúde mental.
“Trata-se de treinar a atenção para que sejamos capazes de estar no momento presente, vivenciando as situações do dia a dia, no ‘aqui e agora’. Pensando que o tempo da ansiedade é sempre o futuro, essa prática contribui como um antídoto eficaz.”
Diagnóstico e encaminhamento
Conforme Adriana, por se tratar de ações complementares à medicina convencional, não é possível afirmar que apenas as práticas integrativas sejam suficientes para acabar com sintomas de ansiedade, depressão e insônia, no entanto, são importantes aliadas.
“As PICS são uma ferramenta significativa para o equilíbrio biopsicossocial e, na maioria dos casos, podem ser auxiliares para a recuperação da saúde. No entanto, transtornos psicossociais carecem de um acompanhamento multiprofissional, podendo envolver especialistas como psicólogos e até psiquiatras, a depender dos casos, para um tratamento mais efetivo.”
No SUS, grande parte das PICS está disponível principalmente na Atenção Básica, e algumas das práticas são abertas ao público geral, sem que haja a necessidade de intermédio médico. Para participar, basta que o usuário vá à Unidade Básica de Saúde e se informe sobre a adesão.
“Para as demais, médicos e especialistas costumam fazer o encaminhamento, principalmente para atividades atreladas a grupos existentes nas UBSs ou tratamentos específicos, como por exemplo, Combate ao Tabagismo e Grupo de Dor Crônica, entre outros.”
Evitando gatilhos que podem desencadear questões psicológicas
“O mundo externo sempre apresentará desafios que farão parte de nossa vida e que não temos domínio. Com isso, o único lugar que podemos controlar é o nosso mundo interno. Aprender a colocar a atenção no momento presente já nos ajuda a reduzir a ansiedade e estados que comprometam a saúde”, orienta a psicóloga.
Para Adriana, é importante que as pessoas foquem no momento o qual estão vivendo.“O ‘aqui e agora’ é uma realidade palpável com a qual podemos lidar. A ilusão de que o passado deveria ter sido diferente, ou que no futuro nada vai dar certo, são importantes fatores que influenciam o surgimento da ansiedade.”
Práticas oferecidas
Atualmente, o trabalho é desenvolvido na UBS Jardim Lídia, gerenciada pelo CEJAM na zona sul, e conta com uma equipe multidisciplinar, composta por psicóloga, acupunturista, educadora física e técnicos educacionais.
As Práticas Integrativas estão presentes no SUS desde o seu surgimento, porém, a partir de 2006 elas fazem parte de uma política própria, chamada de PNPIC (Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares).
As práticas disponíveis no Polo PICS são: Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Auriculoterapia, Plantas Medicinais, Arteterapia, Dança Circular, Meditação/Mindfulness, Musicoterapia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Yoga, Aromaterapia, Geoterapia, Reiki/Imposição de Mãos, Dao Yim e Terapia de Florais.
Fonte: Imprensa, Criação & Marketing
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