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14 de Outubro de 2024
Nas últimas décadas, o aumento de casos de infarto em pessoas cada vez mais jovens, sobretudo em mulheres, tem se tornado uma preocupação crescente entre os profissionais de saúde.
Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) indicam que o Brasil registrou um aumento de cerca de 62% nas mortes de mulheres de 15 a 49 anos por infarto, de 1990 para 2019. Em um outro recorte, apresentado pelo Ministério da Saúde, de 2010 a 2019, foi registrado um aumento de aproximadamente 59% nas internações de pessoas com idade até 39 anos e de 9% nas mortes.
Segundo o Dr. Antonio Babo, cardiologista que atua no CEJAM, no Rio de Janeiro, os números reforçam a urgência de discussões sobre saúde cardiovascular.
Para o médico, a mudança no estilo de vida da população é um dos principais fatores que contribuem para esse fenômeno. “O sedentarismo, a alimentação rica em gordura e açúcar, o estresse e o uso excessivo de substâncias como álcool e tabaco são hábitos que impactam diretamente a saúde do coração, levando a um aumento de doenças cardiovasculares entre os mais jovens”, afirma.
Grupos de risco e sintomas de infarto
Ao deixar de ser um risco prioritário para homens acima dos 50 anos e idosos de ambos os gêneros, os grupos que requerem atenção atualmente incluem jovens que apresentam hipertensão arterial, diabetes, histórico familiar de doenças cardíacas e obesidade.
Além disso, o especialista destaca que os sinais de alerta podem variar, embora os mais frequentes sejam dores ou desconforto no peito, falta de ar, sudorese excessiva, náuseas e dor em outras partes do corpo, como braços, costas e mandíbula.
Para garantir a assistência adequada e reduzir as chances de óbito por infarto, é crucial que a população esteja atenta a esses sinais. “Buscar atendimento médico imediatamente pode salvar vidas. O tempo é um fator determinante no tratamento do infarto, e a rapidez no atendimento pode fazer toda a diferença”, alerta o Dr. Babo.
Ao identificar os sinais, o especialista recomenda que a pessoa acione o serviço de emergência imediatamente e aguarde em uma posição confortável, deitada ou sentada, até a chegada da ambulância. “Manter a calma nesse momento é muito importante, bem como evitar qualquer tipo de esforço físico”, esclarece.
Após atendimento emergencial, o tratamento dependerá da gravidade do infarto e das condições do paciente, incluindo medicamentos, reabilitação cardíaca e procedimentos como o cateterismo cardíaco ou, em casos mais graves, a cirurgia de revascularização do miocárdio.
Vale destacar que os cuidados permanecem após o episódio, a fim de evitar que ocorra novamente. “Alguns pacientes apresentam, como sequelas de um infarto, a diminuição da capacidade cardíaca, arritmias ou dores persistentes no peito. Por isso, é muito importante que o acompanhamento seja feito regularmente”, frisa.
5 dicas para prevenir o infarto
De acordo com o cardiologista, a prevenção ainda é a melhor alternativa contra os altos índices de infarto no país. Para isso, é fundamental adotar um estilo de vida saudável desde cedo, a partir de cinco dicas básicas:
Alimentação Balanceada
Priorizar frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras. Reduzir a ingestão de alimentos processados e ricos em gorduras saturadas e açúcares.
Atividade Física Regular
Praticar pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana. Exercícios como caminhada, corrida e natação são excelentes para fortalecer o coração.
Controle do Estresse
Técnicas de relaxamento, meditação e atividades que promovam bem-estar podem ajudar a reduzir o estresse.
Evitar Tabaco e Álcool
A cessação do tabagismo e a moderação no consumo de álcool são essenciais para a saúde cardiovascular.
Consultas Médicas Regulares
Realizar exames periódicos para monitorar a pressão arterial, níveis de colesterol e glicemia.
Dr. Babo reforça que o crescente número de infartos entre pessoas mais jovens é um alerta sobre a importância de cuidar da saúde do coração. Com a adoção desses hábitos e atenção redobrada aos sinais para uma resposta rápida, é possível prevenir essa condição e promover uma vida mais longa e saudável.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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